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Arquitetos: Esquadra Arquitetos
- Área: 580 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Edgard César
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Fabricantes: Florense, Ikê Pedras, Light Design, Multipedras, Talentus Esquadrias, Tozetti, kings
Descrição enviada pela equipe de projeto. A casa está situada próximo da cidade de Brasília, no SMDB, setor predominantemente de uso residencial unifamiliar, e seu lote tem como vizinho um parque, uma área de preservação do bioma do cerrado que reforça a escala bucólica adotada pela cidade para este uso. O projeto tira partido de sua localização e contexto para construção de diretrizes, sendo o último lote do condomínio com um sistema viário que usa de um cul-de-sac e torna o acesso com veículos ao terreno um trajeto mais leve, com menor fluxo de automóveis.
O partido foi construído a partir deste acesso mais fluido, com a criação de um port-cochère, e do entorno direto, com a possibilidade de vista para o parque vizinho e da orientação solar que possibilita a abertura da casa para ele com uso de poucos elementos de proteção.
Na garagem, o uso do port-cochère permitiu o abrigo de um número maior de automóveis, um espaço aberto que além do uso mais óbvio também permite a utilização de diferentes formas para a família. Neste espaço foi feito um armário para uso como depósito e também para armazenagem de alguns equipamentos da casa, além de abrigar as estações de recarga de veículos elétricos.
A materialidade da casa é traduzida no uso de elementos naturais, cuja textura e cores fazem uso da natureza em sua forma mais pura, mesmo no concreto em sua composição. A pedra é empregada na divisão entre o externo e o interior, ainda permitindo o vislumbre entre estas áreas em momentos da casa. O concreto está presente na volumetria da casa, nos elementos estruturais que constituem sua percepção de uma racionalização através da modulação. A madeira está nos painéis de proteção, brises, forro e piso do deck, seu uso pontual procurou buscar o equilíbrio entre os elementos na composição da casa enfatizando cada um deles em diferentes momentos.
Uma grande laje de concreto aparente é sustentada por duas vigas invertidas que se destacam em toda a extensão da casa. Um bloco maciço se apoia sobre essas duas vigas, como uma grande pedra, e abriga o escritório da casa predominantemente térrea, em um mezanino com a vista do parque.
O ritmo proposto no posicionamento dos brises de madeira traduz a disposição do programa na casa, com o uso mais frequente nas áreas de quartos e ambientes fechados, e mais aberto na região da churrasqueira, permitindo uma vista livre do jardim e do parque ao fundo. As sombras destes elementos criam diferentes desenhos ao longo do dia, criando novas experiências a cada período.